segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tanto bate até . . .

Eu sinto que não encaixo aqui.
Sinto que não pertenço a este circulo , a este clube privado do qual constantemente dizem que sim, que eu estou lá. Mas será que estou?
Será que me recordam quando não estou? Será que me preservam quando falam entre si?
Toda a minha vida fui considerada uma optima amiga , um optimo apoio , um pilar para quando tavam mal, porém nunca fui falada como mais do que isso. Nunca fui exepcional , nunca fui excelente e acima de tudo nunca me importei que tal acontecesse.

Hoje importo-me.

Hoje olho há volta e não vejo ninguem em baixo, ninguem que necessite de um apoio , de um pilar , hoje não vejo ninguem que precise de mim e pergunto-me , onde pertenço ? O que sou ?
Começo a pairar, suavemente, eu flutuo, o chão encontra-se demasiado longe, é tarde demais para voltar atras. Quem estara de baixo de mim ? Quem estara pronto a agarrar-me ?
Querm não me deixará esfolar os joelhos quando acontecer ?
SIM !
Vai acontecer . De novo .
Nunca soube responder a estas perguntas . Nunca quis responder porque a resposta magoaria mais do que posso aguentar . Se nada tivesse mudado ainda continuaria a magoar, mas tudo mudou. Eu mudei .
Agora a dor é a mesma, talvez mais, mas mantem-se tão constante, tão igual que deixa de doer . Transforma-se em algo tão banal , tao nosso que já é o normal.
A dor já não é dor .
A dor é meramente tudo.
A dor é meramente nada.
Aquela dor é meramente eu .

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